CARACTERÍSTICAS DO LUGAR
Costa Rica nos chamou a atenção quando passamos a ouvir sobre seus parques nacionais, reservas florestais e sobretudo a beleza de seus pássaros. E não nos decepcionou. Um país de pequena extensão conseguiu recuperar e manter a flora original em grande parte de sua área, principalmente nas regiões de grandes altitudes.
Florestas tropicais, com variações específicas de seus lugares, apresentam uma vegetação heterogênea, com árvores de grande porte, muitos frutos atraindo bandos de pássaros e flores, chamando a atenção para as orquídeas, principalmente na floresta nebulosa.
Pessoas muito bem preparadas para receber o turismo, grande fonte de renda hoje no pais, estão sempre dispostas a informar sempre em inglês e espanhol, atendendo um grande número de turistas principalmente europeus e americanos.
Porém, ainda é preciso ter alguns cuidados com relação à segurança, principalmente nas áreas de litoral, onde ainda ocorrem um grande número de roubos. Esta questão nos fez alterar um pouco nosso roteiro inicial, focando mais nas áreas montanhosas, o que não nos decepcionou.
DATA
De 1 a 14 de dezembro de 2013.
CLIMA
Nas regiões mais elevadas a temperatura variou de 10o C à noite a 25oC durante o dia. Já na costa do Pacífico as temperaturas foram muito mais altas, chegando aos 35oC e caindo um pouco a noite para próximo dos 25oC.
COORDENADAS
Situam-se entre as latitudes 8 e 11oN e longitudes 82o e 85o W

ROTEIRO
Para definir o roteiro contamos com algumas dicas de nosso amigo Daniel, que já havia estado por lá o ano passado. Complementamos com o mapa da National Geographic e o sempre bom livrinho da Lonely Planet – Costa Rica (ambos conseguidos na Amazon.com); para as acomodações e alguns passeios consultamos o site TripAdvisor . Assim, segue um resumos dos belos lugares que visitamos. Se precisarem de mais detalhes é só solicitar por e-mail (botacini@uol.com.br).
01/12/13 São Paulo – San José
Chegamos no domingo e como passamos a noite viajando, preferimos descansar para iniciar nosso roteiro de 14 dias em forma. Escolhemos bem uma pequena pousada, a Tacacori Lodge, não muito longe do aeroporto. Já ali começamos a ter uma ideia do que seria o passeio: jardins muito bem cuidados e os pássaros se apresentando, mesmo sendo muito próximo à área mais habitada do pais.
02/12/13 Vulcão Poás
Saindo cedinho da pousada em Alajuela, seguimos em direção ao Parque Nacional Vulcão Poás: através de caminhos muito bem conservados chega-se ao ponto, a 2.700 m de altitude, em que se pode ver a grande cratera deste vulcão ativo. Neste caminho também se tem uma belíssima paisagem ao redor, com a Lagoa Esmeralda fazendo o fim do passeio mostrar que valeu a pena.


02 e 03/12/13 Vulcão Arenal
Saindo do Poás, seguimos por mais 120km em estradas com muitas curvas e baixando para altitude em torno de 400m, até chegar no Parque Nacional Vulcão Arenal. O interessante é que este vulcão, diferente de todos os outros, tem a forma de cone, como imaginávamos quando criança o que era um vulcão.
Por estar ativo, tem aquela fumacinha constante saindo se sua cratera, que está a 1.670m de altitude, e pode ser visto ainda bem de longe. Escolhemos para passar uma noite no hotel Arenal Observatory Lodge, que fica dentro do Parque e bem longe do burburinho, com uma linda vista do vulcão. Na tarde do dia 2, fizemos um passeio com o guia Cristian, que nos levou por uma trilha do parque, onde pudemos conhecer um pouco da história da região e das últimas erupções deste vulcão. Ao anoitecer, conseguimos ver o tão famoso sapinho colorido, Red-eyed tree frog, um símbolo da Costa Rica.
Na manhã seguinte, também com o Cristian, saímos bem cedo para percorrer algumas trilhas internas da reserva do próprio hotel, onde pudemos ver e fotografar belos pássaros desta região, em baixa altitude.


03 a 06/12/13 Floresta Nebulosa de Monteverde
Saímos da região do Arenal na parte da manhã, em direção à região de Santa Elena e Monteverde, onde se encontram as florestas nebulosas, a 1.400.m de altitude, na Cordilheira de Tilarán. Este percurso de 120km foram feitos em 4 horas; isto porque a primeira parte da estrada é de estrada asfaltada, contornando boa parte do Lago Arenal. Na segunda parte, já começando as áreas mais elevadas, a estrada com muitas curvas e sempre em subida, não é pavimentada. Isto tem uma razão especial: Monteverde, uma pequena vila desta região, foi colonizada pelos Quackers, que tem grande preocupação em preservar esta região.
Uma forma de segurar o turismo em massa foi dificultar o acesso, que conseguiram junto ao governo. Realmente, com isso, a região apesar de receber muitos turistas, consegue manter a calma e a sustentabilidade de uma área de rara beleza.
É nesta região que os maravilhosos Quetzales nidificam, normalmente em abril, onde dizem, fazem uma enorme “festa de casamento” e ficam bem visíveis, não se importando com a imensa quantidade de observadores ao seu redor.
Bem, lógico que, mesmo tendo vários passeios e muitos pássaros coloridos para fotografar, nossa grande vontade, apesar de saber estar fora da época, era encontrar um Quetzal.
Contratamos uma guia excelente, Marcela, que nos acompanhou durante dias manhãs para conhecermos um pouco mais sobre a região e seus pássaros maravilhosos.
Na primeira manhã, já instalados no hotel Monteverde Lodge fomos à Reserva Curi-Cancha Reserve; vários pássaros, muitos beija-flores, trilhas de floresta tropical; na segunda manhã, na Reserva Floresta Nebulosa de Monteverde, chegamos bem cedinho para mais uma tentativa de encontrar o pássaro especial, mas estava muito difícil.
Após mais de duas horas de caminhadas e várias tentativas em alguns pontos onde ainda haviam seus frutos preferidos, em uma trilha bem quietinha eis que nos aparecem bem na nossa frente um Quetzal macho com toda sua beleza, e bem próximo uma fêmea, não menos colorida. Foi emocionante vê-los tão de perto, no meio da vegetação, pouco se importando com nossa presença.
Agradecemos muito à Marcela por todo esforço em nos mostrar esta rara beleza, mesmo sabendo que nesta época do ano seria quase impossível vê-los ainda nesta região. Terminado o passeio, fizemos uma listinha de 35 espécies vistas nestes dois dias. Emocionante!



06 a 08/01 Costa do Pacífico Central
Nossa meta, saindo das montanhas nebulosas era conhecer alguns parques no Pacífico. Saímos bem cedo das montanhas por uma estrada não pavimentada, descendo de 1.600m para 200m de altitude com belas paisagens. De vários pontos já se avista a costa marinha.
No caminho, paramos para conhecer o Parque Nacional Carara. Próximo a este parque é possível ver os imensos crocodilos, que se quiser, podem ser vistos passando pela ponte do Rio Tárcoles. No parque, com o acompanhamento de um guia, em uma duas horas fizemos uma boa trilha, com avistagem da arara vermelha, sapinho colorido, o morcego branco e mais alguns pássaros.


Seguimos pela costa do Pacífico até a praia Dominical, para conhecer a Hacienda Baru.
Segundo informações do guia Lonely Planet, seria um dos melhores pontos para observação de aves do Pacífico, mas talvez por não conseguimos um guia especializado e os dias muito quentes, resolvemos encurtar nosso roteiro nesta região e subir novamente para as montanhas. Interessante neste lugar foi o encontro com os macacos capuchinhos.
As praias e os parques nesta região não são grandes atrativos naturais, além de riscos de assalto, mesmo em área de parque, ao longo da praia.


09 a 14/12/13 San Gerardo de Dota e Parque Nacional Quetzales
Descobrimos este lugar meio por acaso, pois não fazia parte de nosso roteiro inicial. Grande e magnífica surpresa. Subindo a encosta da serra, em 80 km atinge mais de 3.000m de altitude.
Dividimos este roteiro em duas etapas: a primeira ficamos na Reserva Dantica: hotel muito aconchegante, a 2.800m de altitude, em meio a montanhas muito verde e floridas. Já do chalé envidraçado e da varanda já era possível fotografar vários pássaros muito coloridos.
As trilhas dentro da reserva são muito íngremes, mas uma caminhada muito boa. Vários pássaros e orquídeas floridas pelo caminho. Todas as refeições gourmet completaram os dias agradáveis neste lugar.
Em uma manhã bem cedinho saímos com o guia Carlos que nos levou no lugar certo para observarmos mais uma vez os Quetzales. Desta vez vimos um casal ainda jovem, mas também belíssimos.




Nesta mesma região, mas a 1.100m de altitude, fomos para a Reserva Savegre, descendo 8km pela mesma estradinha, mas com vegetação e pássaros diferentes. Já na chegada do hotel, uma infinidade de beija-flores ficam o dia todo em volta das garrafinhas de água. Da varanda do chalé várias espécies de aves muito coloridas visitam o jardim muito florido e bem cuidado. Fizemos uma das trilhas por mata primária, com as gratas informações do guia Melvin, que nos mostrou fauna e flora muito peculiares da região. O Rio Savegre nasce nestas montanhas e desce rapidamente em várias cascatas e cacheiras até o Pacífico, abastecendo vários poços de trutas, que são feitas nos restaurantes sempre fresquinhas. Imperdíveis!




Assim finaliza nosso roteiro: passamos direto por San José para hospedagem próximo ao aeroporto. Talvez pelo cansaço da viagem e já com saudades de casa, optamos por não sair por San José, pois a experiência de chegar até o hotel, passando por um trânsito muito carregado por quase quatro horas, não nos animou.
De qualquer forma, a Costa Rica é um pais a ser visitado. Todas as pessoas que encontramos, sejam guias, atendentes em hotéis, frentistas de postos de combustível etc., se comunicam em inglês. Nas estradas, percorridos aproximadamente 900 km, escolas rurais espalhadas por todo percurso (redução de velocidade em todas as passagens). Vê-se um pais muito pequeno, que sabe proteger seus recursos naturais!
FOTOS
Acesse as imagens: Fotos da Costa Rica




Magnífico! Está nos meus planos conhecer a Costa Rica e trabalhar com um roteiro neste país fantástico!